Casamento, o começo ou o fim da minha felicidade?

Olá pessoal, estou aqui para compartilhar uma das minhas maiores experiências de vida, o CASAMENTO

Tudo começou assim: Aos 15 anos conheci uma pessoa maravilhosa, namoramos durante dois anos, tudo corria muito bem até o dia em que eu comecei trabalhar, em Janeiro de 2007. Com 17 anos, no fim dos estudos tive que me matricular no período noturno de uma outra escola para que meu horário de serviço pudesse coincidir com meu horário de aula. isto foi feito e em Março de 2007, com um mês e meio de aula, conheci uma outra pessoa, comecei a me interessar por ela e depois de um tempo meu namoro de dois anos teve fim. Em Junho de 2007 comecei a namorar com esse colega de escola e em Setembro de 2008 ele me pediu em casamento, nem pensei e fui logo aceitando, pois na minha cabecinha fraca, aquele momento seria para sempre, foi aí que eu me enganei.
Novembro, mais precisamente no dia 22 ás 15 hs, estamos todos reunidos em frente do cartório, eu, meu noivo, meus parentes, padrinhos e MEUS PAIS.Meu pai me pergunta uma, duas, três vezes: -Filha, você tem certeza de que é isso o que você quer para sua vida?  e eu respondo (como uma menina inocente, mimada e decidida) - É claro, se não tivesse não estaria aqui hoje.
Eu estava linda, com um vestido rosa bem clarinho, com vários strass, uma linda sandália prata, uma maquiagem maravilhosa e suave, com os cabelos longos, soltos e bem lisinhos... Estava super feliz, achei que seria o começo de uma nova vida, estava cheia de planos para o futuro, e um futuro não tão distante. Meu noivo me olhava nos olhos, dizia que eu era a mulher da vida dele, que teríamos lindos filhos e que faria de mim a mulher mais feliz do mundo.

Assinamos os papéis e trocamos as alianças.

fomos para casa radiantes, eu não me cabia de alegria e estava super ansiosa, pois no dia seguinte seria meu casamento na igreja, com direito a tudo o que eu quisesse.
No dia seguinte, sábado, 23 de Novembro de 2008, ás 20:00hs na porta da igreja, vestida de noiva, lindamente, com a igreja lotada, meu pai segura minha mão bem forte, olha no fundo dos meus olhos e me diz: - Filha, ainda dá tempo, se você quiser desistir é só falar que eu te levo para a casa, um casamento é coisa séria e agora você estará jurando perante Deus, não perante os homens como fez ontem... Quer voltar atrás? E eu, mais uma vez na minha arrogância, olhei para ele e disse assim: - Não, eu já estou aqui e agora vou até o fim.
A marcha nupcial começa a ser tocada e logo estou no meio da igreja, caminhando em direção a minha escolha errada e inconsequente.

Meu pai foi quem realizou minha cerimônia, com um choro engasgado na garganta, minha mãe me olhava com aqueles olhinhos meigos, preocupada com minha felicidade, e eu sorrindo feito uma IDIOTA...
Fim da cerimônia, recebemos os cumprimentos e fomos para a lua de mel em uma linda pousada, onde tudo estava lindo, um lugar super romântico, cachoeira atrás do quarto, uma vista maravilhosa da sacada, um clima delicioso e no dia seguinte, um lindo café da manhã, com muitas rosas espalhadas por todos os lados, deixando tudo mais lindo ainda,

só que o inesperado aconteceu...

O meu então agora, marido, olha para a minha cara e diz assim: - Bom, vamos embora, você tem que arrumar as coisas lá em casa, abrir os presentes, arrumar o nosso quarto.... Eu me assustei com isso, como assim? Estamos em lua de mel, era de manhã ainda, não aproveitamos nada, como assim já quer ir embora? Ele fechou a cara pra mim e acabamos indo embora sem aproveitar nada.
Fiquei muito triste, mas depois acabei ignorando, ninguém entendeu nada, muito menos eu.
Depois de 2 meses de casados, ele começou a se mostrar possessivo e irresponsável. Largou do emprego e dos estudos. Me proibia de sair de casa, de ir no portão e de receber minhas amigas em casa. Eu demorei a acreditar mas a minha vida estava se tornando um inferno.

Com 4 meses de casados, ele já me proibia de sair com meus pais, ele tinha ciumes do meu próprio pai, acreditava que pudesse existir algo entre eu e o homem que me deu a vida (meu pai).
Eu trabalhava das 08:00hs da manhã as 22:00hs as vezes não tinha tempo nem para almoçar, só tomava um lanche, não tinha férias, folga, nada.

Tinha que sustentar um vagabundo que morava debaixo do teto dos meus pais e ainda queria meu dinheiro, nunca me deu nada e sempre me tomou tudo. Nunca ajudou nas despesas de casa e nunca se quer comprou um remédio quando precisei, sempre recorria aos meus pais.
Minha vida desmoronou em menos de um ano, brigas e mais brigas, ofensas de todos os tipos até o dia em que me cansei, resolvi dar um basta. cheguei do serviço super cansada, meus pais estavam viajando, somente minha irmã estava em casa.
Era uma noite fria e chuvosa, tinha acabado de receber R$200,00 de uma cliente da minha mãe, botei os pés dentro de casa e ainda de uniforme do serviço, ele olhou para minha cara e começou a dar vários murros na parede (murros que provavelmente ele queria dar em mim) e me ofender, perguntando onde eu estava, gritando que eu estava saindo com outra pessoa e tals.

Eu fiquei muito nervosa, estava com dores pelo corpo de tanto trabalhar, quando ele se distraiu e de deu ma pausa em seu ''showzinho'' eu resolvi agir. Aproveitei quando ele foi no banheiro, e peguei minha irmã, saímos correndo de casa (tinha medo de que ele me agredisse fisicamente) minha irmã coitada de chinelos, sem blusa de frio e com um shortinhos... Foi bem assim mesmo, apenas com a nossa roupa do corpo, saímos sem destino no meio da noite, no meio da chuva, com a roupa do corpo, um celular, R$200,00 e nossos documentos. Ficamos durante uma hora e meia na rua, em baixo de chuva e no frio,  bem longe de casa, onde ele não pudesse nos encontrar. Ligamos para meus pais e contamos o que havia acontecido, meu pai ligou para o namorado da minha irmã e em poucos minutos ele apareceu, nós entramos no carro e fomos para a casa dele. Passei o restante da noite lá e no dia seguinte, fomos para a cidade onde meus pais estavam. Fiquei quase dois meses escondida dele pois tinha medo (e ainda tenho) e só depois desse tempo liguei para ele e pedi a separação. A principio ele relutou mas quando viu que não havia mais jeito ele acabou assinando os papéis. Hoje estou muito feliz, namoro uma excelente pessoa, um homem trabalhador, que tem sim seus defeitos, mas sabe me fazer feliz. Se pudesse voltar no tempo e prever isso tudo, com certeza faria diferente, começando por ouvir meus pais nos vários conselhos dados a mim.


Aprendi que devo pensar mais antes de decidir algo, aprendi que nunca conhecemos nosso parceiro (a) o suficiente, podemos ser surpreendidos a qualquer momento. Agir por impulso ou emoção jamais.


Há uma semana meu namorado me chamou no nosso quarto, eu nem esperava, ele segurou minhas mãos, olhou em meus olhos e me perguntou: -Amor, você que se casar comigo? Adivinhem só o que eu respondi? - Não! Pense mais um pouco se você realmente quer isso porque eu também vou pensar.
Sei que ele deve ter achado tudo muito estranho mas eu sei que pela primeira vez agi corretamente.
O que tiver que ser, certamente será, mas tudo ao seu tempo.


Espero que minha história tenha servido de exemplo para que ninguém cometa os erros que eu cometi.


Vamos aproveitar a vida, tirar dela somente o que nos faz bem. ela é muito curta para gastarmos tempo com erros irreparáveis.


Beijos galera... Até mais...